Neste 31 de março é importante lembrar que a Amazônia foi palco para a morte, tortura e graves violações de direitos durante a ditadura militar.
O genocídio indígena foi um deles. A Comissão Nacional da Verdade (CNV), criada para fazer o levantamento das violações de direitos durante o período, revelou em seu relatório final que mais de 8 mil indígenas foram mortos, durante os anos de 1964 e 1985.
No capítulo “Violações de direitos humanos dos povos indígenas” consta que entre os índios mortos aqui na região estão 3.500 indígenas Cinta-Larga (RO), 2.650 Waimiri-Atroari (AM), 354 Yanomami (AM/RR), 118 Parakanã (PA), 72 Araweté (PA) e mais de 14 Arara (PA).
E foi aqui na Amazônia que se instalou um importante movimento de resistência contra os militares: a Guerrilha do Araguaia, que se desenvolveu às margens do Rio Araguaia, próximo aos municípios de Marabá e São Geraldo do Araguaia, no Pará, e Xambioá, em Goiás. Formada principalmente por ex-universitários e profissionais liberais, a maioria foi morta em combate na selva ou executada após sua prisão pelos militares, em 1973 e 1974.
O movimento pretendia derrubar o governo militar, tomar o poder fomentando um levante da população, primeiro rural e depois urbana, e instalar um governo socialista no Brasil. O grupo era composto por cerca de oitenta pessoas, sendo que, destes, menos de vinte sobreviveram. Mais de cinquenta deles são considerados ainda hoje como desaparecidos políticos.
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