O projeto “Amazônia em Vozes” tem o objetivo de fortalecer mulheres da região amazônica, incentivando sua participação na política e no ativismo social. Ele é voltado, principalmente, para aquelas que enfrentam mais dificuldades, como mulheres negras, quilombolas, ribeirinhas, agricultoras, pescadoras, moradoras de comunidades periféricas e de terreiros.
Atualmente, muitas dessas mulheres enfrentam barreiras para participar das decisões que impactam suas vidas, além de lidarem com a falta de acesso a direitos, políticas públicas e com a violência política. O projeto busca transformar essa realidade por meio de formação política, debates e materiais educativos, promovendo o fortalecimento dessas mulheres para que se tornem ou se fortaleçam como líderes nas suas comunidades.
Os cursos terão início na segunda quinzena de abril, com atividades distribuídas nos seguintes locais: em abril, ocorrerá em Mocajuba; em maio, serão realizados em Igarapé-Miri, Mojú, Baião, Acará e Cametá; em junho, acontecerão na região metropolitana de Belém e na região do Salgado; já o mês de julho será reservado para ajustes ou eventuais cursos pendentes.
Quem organiza o projeto?
O projeto é uma iniciativa da Associação de Apoio às Comunidades Amazônicas, uma organização sem fins lucrativos localizada em Igarapé-Miri, na Região do Baixo Tocantins, no Pará. Desde 2019, essa associação luta pela garantia de direitos sociais, pela segurança alimentar e nutricional, pela proteção do meio ambiente e pelo fortalecimento das comunidades da Amazônia com o apoio do Ministério das Mulheres.
O que o projeto pretende fazer?
O “Amazônia em Vozes” visa fortalecer mulheres para que se sintam mais preparadas para ocupar espaços de poder e decisão na política institucional e na sociedade civil organizada. Para isso, vai oferecer:
✅ Cursos de formação política – Serão oferecidos 10 cursos presenciais, cada um com 40 horas de duração, entre abril e julho. Cerca de 200 mulheres serão formadas para levar esse conhecimento para suas comunidades.
✅ Enfrentamento à violência política – O projeto vai desenvolver estratégias para enfrentar a violência contra as mulheres que tentam entrar na política, com atenção especial às mulheres mais vulneráveis.
✅ Espaços de debate e troca de experiências – Haverá um seminário em maio, em Igarapé-Miri, realizado na mesma semana do curso, para discutir os desafios das mulheres na política e encontrar soluções para fortalecer suas redes de apoio.
✅ Materiais educativos – Serão distribuídos materiais informativos sobre participação política, justiça climática, estratégia de captação de recursos e políticas públicas, além de outros materiais.
✅ Acessibilidade garantida – Todas as atividades serão planejadas para incluir mulheres com deficiência, garantindo acesso físico e comunicacional.
Quem será beneficiada e qual o impacto esperado?
O projeto vai atender diretamente 200 mulheres líderes comunitárias das Regiões do Baixo Tocantins, Salgado, Guajarina e Metropolitana de Belém (RMB), que serão formadas para multiplicar o conhecimento aprendido. A expectativa é que, de forma indireta, até 1.000 mulheres sejam impactadas, criando uma grande rede de apoio para a defesa dos direitos e políticas públicas inclusivas.
Metas do projeto
📌 Mapear lideranças locais para selecionar as mulheres que vão participar das formações.
📌 Realizar 10 cursos de formação para fortalecer lideranças femininas amazônicas.
📌 Organizar debates e um seminário sobre participação política, violência de gênero e justiça social.
📌 Produzir materiais educativos sobre participação política, justiça climática, estratégia de captação de recursos e políticas públicas.
📌 Fortalecer a presença digital do projeto, utilizando redes sociais para ampliar seu alcance.
Por que esse projeto é importante?
O “Amazônia em Vozes” é um passo fundamental para dar mais voz e força às mulheres amazônidas nos espaços de poder e decisão, pois não apenas forma, mas também cria redes de apoio e trabalha para reduzir as desigualdades que impedem a participação feminina na política.
Além disso, ao levantar uma discussão sobre direitos sociais e ambientais, o projeto se soma na luta pela preservação da Amazônia e para o fortalecimento das comunidades tradicionais dos territórios atendidos, contribuindo para que suas vozes sejam ouvidas e respeitadas nos espaços de poder e decisão.